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abr 05 2017

Cientistas desenvolvem “peneira” de grafeno capaz de filtrar água marinha

por Rebeca Alexia em Notícias

Cientistas desenvolvem “peneira” de grafeno capaz de filtrar água marinha

Em Manchester, no Reino Unido, uma equipe de cientistas desenvolveu o que promete ser a solução para a falta de água enfrentada por diversas famílias ao redor do mundo.

Trata-se de uma “peneira” feita a base de grafeno, capaz de filtrar e dessalinizar a água do mar, tornando-a própria para consumo humano. O resultados do estudo foram divulgados na publicação científica Nature Nanotechnology.

Em consequência das alterações climáticas e do desperdício, estima-se que até 2025, 14% da população mundial passe por dificuldades para obter água potável e própria para consumo. Porém, esse quadro pode mudar caso essa nova invenção funcione de fato e comece a ser usada, já que os oceanos correspondem à 97% de toda a água do mundo, e podem ter seus níveis aumentados em até 3,8 cm até 2100.

O grafeno é um material que assim como o diamante e o grafite, é uma forma cristalina do carbono –  consiste em uma fina camada de átomos de carbono que se organiza em uma espécie de treliça hexagonal. Foi descoberto no ano de 1962 e é um dos materiais mais promissores na área de inovação e tecnologia devido às suas incríveis propriedades, como a condutividade térmica e elétrica, elasticidade, resistência, leveza, dureza e transparência.

Na criação da “peneira”, os cientistas utilizaram um derivado químico do grafeno, o óxido de grafeno que mostra-se muito eficaz na dessalinização. Agora, serão realizados testes para ver o desempenho do material em comparação aos filtros já existentes.

A pesquisa foi coordenada por Rahul Nair. O mesmo revelou que o óxido pode ser facilmente produzido em laboratório e com um custo acessível, o que nos leva a pensar que a tecnologia pode estar sendo usada em breve.

Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada.”

Agora, resta testar como as membranas irão reagir ao longo do tempo, quanto tempo irão durar e com que frequência precisarão ser substituídas.

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